M83 - Hurry Up, We're Dreaming

sexta-feira, 11 de novembro de 2011


Pois é, voltei. Já tá ficando até chato, eu sei, mas me deu vontade de escrever e, principalmente, compartilhar essa maravilha moderna aqui.

Primeiro vamos às apresentações: M83 é um grupo francês encabeçado pelo músico Anthony Gonzalez formado em 2001 na cidade de Antibes juntamente com Nicolas Fromageau; Faz uma música quase que hipnotizante, uma mistura maravilhosa de sons sintéticos e orgânicos que traz consigo experiências das mais variadas.
Tem oficialmente 6 álbuns de estúdio, contando o atual que lhes apresento. Mas o grande reconhecimento da mídia especializada veio somente com seu quinto, o 'Saturdays = Youth' lançado em 2008. Foi inclusive através desse álbum que tive meu primeiro contato (tardio) com a banda.

'Hurry Up, We're Dreaming', como já dito, é o sexto disco oficial produzido por Gonzalez e companhia e pra quem já tinha motivos para estar bem satisfeito depois do excelente 'Saturdays = Youth' , este último é puro deleite. O título desse trabalho, aliás, é bem sugestivo.
Composto de 22 músicas e mais de 70 minutos de música esse é um álbum para ouvir e sonhar. Para quem já torce o nariz para trabalhos tão longos, não se aflija, você nem perceberá o tempo passando. 

Analisando de forma pessoal o titulo, imagino Gonzalez dizendo algo como: "Venha logo sonhar conosco" ou "Aproveite logo enquanto estamos sonhando". É mais ou menos por aí mesmo.
E por mais incrível que pareça, no meio de tantas músicas é realmente difícil escolher prioridades. O disco inteiro flui de uma forma impressionante.
Sendo bem empolgado, posso dizer que se existia um topo para a genialidade musical de Gonzalez, já bem expressa anteriormente, ele foi alcançado. Por mais que eu já esperasse um bom trabalho, especialmente depois da divulgação do vídeo de 'Midnight City', segunda faixa de Hurry Up, 'We're Dreaming', o resultado final, em um disco duplo, é absolutamente surpreendente e arrematador. Se o M83 ocupava um lugar cativo de boas bandas moderninhas, hoje ela ocupa um espaço entre as melhores coisas que já ouvi.

Não vou fazer um faixa-a-faixa (afinal sao 22 músicas), mas posso citar momentos marcantes logo nas primeiras audições:
- 'Intro' já é de cara uma introdução tão boa como eu não via há algum tempo. Mostra a cara de como será o restante do álbum.
- 'Midnight City', vem logo na sequência de 'Intro' e já mata a expectativa de vez. Um clássico moderno.
- 'Reunion' é a terceira faixa e se 'Midnight City' ainda não havia convencido aos mais exigentes, esta dá conta do recado.
- 'Raconte-Moi Une Historie' é o ponto alto alto da viagem e dos sonhos que esse disco proporciona. Formada basicamente por um discurso de um garoto contando sobre o seu mundo imaginário onde todos seriam felizes e criariam o maior grupo de amigos do mundo. É simplesmente emocionante!

Bom, cheguei na quinta música e ainda tem muita coisa a ser dita, mas aí ninguém vai ler mesmo. O que se segue são mais faixas no mesmo padrão das anteriores, mesclando momentos mais calmos e contemplativos e momentos mais empolgados como em 'Ok Pal'.

Não tenham dúvida, se você lê esse blog, gostar de Hurry Up, We're Dreaming é certamente inevitável. 
Podem confiar, é imperdível!

M83 - Hurry Up, We're Dreaming - 2011
take it! (4S) (MU) (DF)





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sábado, 16 de julho de 2011

Os (poucos) leitores fiéis do ChemicallBlogg perceberam (há alguns anos) que este anda bem abandonado. Por isso venho fazer uma pequena pesquisa de opinião:
Vale criar páginas no facebook e twitter para divulgar as coisas novas que venho descobrindo e não postando no blog?
Seria uma forma de espalhar as boas novas musicais sem precisar gastar muito tempo, coisa necessária para postar aqui no blog.
Então, comentem aí e me deixem saber suas opiniões.

Broken Bells

terça-feira, 19 de abril de 2011

Em 2006 um disco chamado St. Elsewhere chegou às prateleiras e HDs do mundo e trouxe com ele a que provavelmente, foi a canção do ano. Crazy foi o primeiro single do Gnarls Barkley, banda criada pelo genial Cee Lo Green em parceria com o produtor Danger Mouse e fez com que a dupla ganhasse todos os prêmios possíveis pelo trabalho.
Após lançar, em 2008, seu segundo disco, Odd Couple, cada um seguiu seu caminho. Cee Lo lançou um excelente disco solo no ano passado enquanto Danger Mouse se juntou à James Mercer, vocalista da banda The Shins e criou o Broken Bells.
Diferente do estilo de Cee Lo Green, que ficou no rap/soul, o novo projeto de Mouse tendeu mais para o indie-pop e não alcançou nem de longe a popularidade de seu parceiro, tanto que, mesmo lançado no fim de 2009, só tomei conhecimento da banda no final de 2010. Porém não se engane, o disco é excelente.
O álbum homônimo é recheado de canções leves e com boas melodias, lembrando o próprio The Shins e Gorilaz em alguns momentos.
Não sei se teremos algo novo do Gnarls Barkley em breve, mas enquanto isso não acontece curta o criativo e suave Broken Bells e entenda por que St. Elsewhere é tão bom: ambos os membros são extremamente competentes no que fazem e mostraram isso, mesmo separados.

Broken Bells - Broken Bells - 2009
take it! (mirror)


City and Colour - Sometimes

segunda-feira, 18 de abril de 2011


Começo esse post com uma dúvida na cabeça: Faz uns dois meses que tive meu primeiro contato com o projeto musical City and Colour e até hoje não me decidi muito bem quanto à qualidade e/ou originalidade desse trabalho. Não sei se o som de fato é muito bom, mas nesses meses que se passaram ouço as músicas quase que diariamente e só vejo coisas positivas aqui. A ajuda fica para quem baixar o cd e me contar a experiência (e também se o vocalista tem algum parentesco com o Anthony Green, frontman do Circa Survive).

City and Colour é daquelas "one man bands" e o homem no caso se chama Dallas Green, que também trabalha no Alexisonfire, banda de post-hardcore canadense. Mas aqui o peso e gritaria do seu projeto mais antigo é deixado totalmente de lado. As músicas são todas acústicas e executadas no famoso voz e violão (com eventuais participações de percussão e piano). Indie pop/folk.
Green foi agraciado em 2009 com o prêmio máximo do Juno Awards, o que se tornou a maior propaganda do City and Colour.
As músicas falam normalmente de amor, mas sem soar piegas ao meu ver. Característica forte do folk talvez...

O disco postado aqui é o primeiro, lançado em 2005. Após este vieram dois outros álbuns de inéditas (Bring Me Your Love e Little Hell) e um live oficial. Como o Sometimes é o melhor deles, na minha opinião, é ele que está aqui abaixo.

City and Colour - Sometimes - 2005
take it! (mirror)








Mew - Frengers / And The Glass Handed Kites

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mew é uma trio de rock vindo da dinamarca, país que exporta um número bem pequeno de bandas para o mundo (há atualmente o 'Kashmir') e que talvez por isso, mesmo produzindo um som extraordinário, possui pouca popularidade.
Formado em 1994, o grupo lançou seus dois primeiros álbuns somente na Dinamarca ("A Triumph for Man" de 1997 e "Half The World Is Watching Me" de 2000) e apenas após um contrato com a Epic/Sony feito em 2001 foi possível o lançamento de "Frengers" que continha muitas regravações dos discos anteriores e quatro canções inéditas. Esse foi talvez o mais elogiado trabalho da banda e o primeiro a ser vendido no mundo inteiro.
“And The Glass Handed Kites”, chegou às lojas em 2005 e seu - até então - último trabalho oficial de inéditas "No More Stories Are Told Today, I'm Sorry, They Washed Away" em 2009.

O som não é nada convencional e pode até não agradar aos mais tradicionais. Abusando de sua voz bem aguda e falsetes constantes, o vocalista Jonas Bjerre pode até assustar os desavisados. Numa comparação bem ruim o estilo de vocal pode lembrar Jonsi do 'Sigur Rós' ou Thom Yorke do 'Radiohead'. As tags mais frenquentes para classifica-los são indie-rock, alternativo e dream pop, esse último sendo bem adequado na minha opinião.

É isso, você pode ouvir e odiar ou se tornar fá imediatamente, mas não perca a oportunidade de ouvir uma das melhores bandas em atividade atualmente.

Mew - Frengers - 2003
take it! (mirror)






Mew - And The Glass Handed Kites - 2005
take it! (mirror)





Lissie - Catching a Tiger

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Meu primeiro contato com a música de Elisabeth Maurus (aka Lissie) foi através de alguns vídeos que mostravam uma apresentação ao vivo dela e sua banda em uma sala, sozinhos e sem público no fim de 2010.
O que chamou a atenção logo de cara foi, evidentemente, a beleza da mocinha de 28 anos e seu comportamento durante a execução das canções. É uma coisa que parece lhe dar extremo prazer e as músicas não são só cantadas, são interpretadas com real sentimento.

A musicalidade tem claras influências de folk rock americano com, óbvio, bastante influência de country. No geral são canções com bastante apelo pop e vários possíveis singles. A voz de Lissie é uma coisa que pesa muito, limpa, afinada e linda.

Algumas das músicas de Catching a Tiger entram facilmente entre as melhores que ouvi no segundo semestre de 2010.
E considerando que esse é seu primeiro álbum oficial, posso dizer que essa é uma grata surpresa e que ela ainda pode aparecer muito nos circuitos indie nos próximos anos.

Lissie - Catching a Tiger - 2010
take it (mirror)

Cocoon - Where The Oceans End

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Não se deve julgar um livro pela capa, certo? O mesmo valeria para um disco?
Eu tenho que concordar com isso. Mas o que me despertou o interesse por Where The Oceans End, lançado em abril de 2010 foi justamente a capa. Essa coisa totalmente irrealista e mal provida de cores, ao estilo Kwoon e Alcest, me fez pensar em alguma banda de post-rock ou ambient. Foi nesse ponto que me enganei completamente. Cocoon não tem nenhuma relação com o pós rock, embora possa até ter com o ambient. Mas a qualidade é incontestável. E foi aí que não me decepcionei.
A banda, que na verdade é uma dupla, vem da França - não à toa citei Kwoon e Alcest, compatriotas e que, em breve, receberão aqui uma maior atenção - e faz uma música extremamente agradável e relaxante. Aquela coisa simples e tranquila à lá Iron & Wine, Kings of Convenience e, por que não, Nick Drake.
Where The Oceans End é o segundo álbum de inéditas da dupla Mark Daumail e Morgane Imbeaud, ou seja, não é assim uma grande descoberta para a música, mas o foi para mim.

O clipe de Comets, segunda faixa e uma das melhores - é até difícil citar destaques, uma vez que todo o trabalho flui de forma linear - ganhou um belo clipe que se utiliza dos mesmos elementos presentes na capa.

Música pra ouvir descompromissadamente, para esquecer dos problemas, para viajar...

Cocoon - Where The Oceans End - 2010
take it (mirror)


Two Door Cinema Club - Tourist History

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Bom...vamos tentar mais uma vez por o blog na ativa.

Esse ano de 2011 começa relativamente bem para quem mora no Rio e estava carente de shows internacionais, vide a quantidade de vindas canceladas ou transferidas no ano passado. Muito disso se deve ao movimento dos Cariocas Empolgados que, por enquanto, é responsável pelas possíveis melhores apresentações, todas a serem realizadas no Circo Voador.
Um desses shows está sendo bem aguardado por mim: o do Two Door Cinema Club.
Por só ter um disco oficial no currículo e o enorme hype que cercou a banda em 2010, fico curioso quanto à postura dos garotos no palco.
Vinda da Irlanda do Norte, poderíamos dizer que é mais uma banda de indie/rock/electronic e o caminho é mais ou menos por aí mesmo. Seguindo tantos exemplos bem sucedidos ultimamente, a mistura de rock e eletrônica é muito bem trabalhada e não soa forçado ou entediante. Esse é, na minha opinião, o trunfo do TDCC. Sem exagerar demais das batidas sintéticas e com uma guitarra bem presente, conseguimos perceber o indie-rock realmente existente por baixo do eletrônico.

O show acontece no dia 30 de janeiro no maravilhoso Circo Voador.
Quem ainda não garantiu presença, aproveita aí pra conhecer a banda e não perde a oportunidade. Depois não adianta reclamar que nada acontece no Rio.

E ah: o vocalista não é o irmão mais velho do Justin Bieber não.

Two Door Cinema Club - Tourist History - 2010
take it! (mirror)